Melhoria contínua

A Agropecuária Jarinã é integrante de um grupo de neloristas que reúne propostas muito semelhantes de seleção. Trata-se da “Confraria da Carcaça Nelore”. Seus produtos já contam com forte reconhecimento do mercado de genética, da mesma forma que sua carne pela indústria frigorífica.

A Jarinã é hoje um dos criatórios carros-chefes do Nelore que colocará em escala carne gourmet nas gôndolas de todo País. A grife pertence a Ubirajara Rodolpho Amorim e sua família, produtor cuja história se confunde com a própria ocupação produtiva do Norte do Mato Grosso.

Aos 93 anos de vida e de tradicional família rural da região de Botucatu (SP), Ubirajara conta que elevar a qualidade da carne oferecida pelo Nelore “era um passo fundamental na contribuição que gostaria de deixar para a raça, uma paixão de vida”.

A Agropecuária Jarinã foi aberta no início dos 70, época marcada por uma série de programas para ocupação e exploração da Amazônia, Centro-Oeste e Nordeste. Com o advento do melhoramento genético por DEPs, priorizou o uso de touros provados, entre eles de criatórios como Zancanner, por meio de inseminação artificial. Depois de montar uma forte base de matrizes, fechou o plantel. Hoje, o rebanho do Nelore Jarinã é considerado um dos melhores do seu Estado e do País.

Há dez anos, Ubirajara conheceu o casal de zootecnistas Marco Gambale e Liliane Suguisawa, uma das maiores autoridades do País em avaliação de carcaça por ultrassonografia. Em comum, ambos apaixonados pela raça Nelore, inclusive no seu potencial de produzir carne gourmet, até com bastante marmoreio.

“Foi muita sorte, pois já tínhamos um rebanho com uma carne marmorizada”, comemora o pecuarista. Atualmente, a Jarinã conta com 10 mil matrizes em reprodução, sendo 800 delas POs. Todas possuem acima de 3% de marmoreio. Nascem indivíduos “tão diferenciados”, que chegam a colocar até 70kg a mais de peso já na desmama.