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Foto do escritorMara Ramos

Pecuaristas se encontram na Fazenda do Engenho

Evento reuniu entidades, técnicos, empresários e profissionais para discutir os desafios da pecuária brasileira em 2023.



O 1º. Encontro da Pecuária foi uma realização da Associação Grupo Pecuária Brasil, GPB, que reuniu cerca de 350 criadores e técnicos, além de nove debatedores, que trouxeram informações e tendências para os caminhos dos negócios em 2023. A anfitriã, Érika Bannwart, é membro da diretoria do GPB e preside o GPB Rosa, que reúne mais de 100 mulheres pecuaristas de todo o Brasil.


“Escolhemos a hora certa de reunir grandes formadores de opinião e ouvir sobre tendências, o contexto e o futuro da pecuária. Precisamos olhar para as novas tecnologias agora e nos preparar para as demandas do futuro”, afirmou Érika, que recepcionou os convidados, juntamente com sua irmã Verena Bannwart, também gestora da Fazenda do Engenho.


O painel, conduzido pelo executivo do GPB, Beto Zillo, trouxe as análises e informações de profissionais e representantes de entidades de destaque no cenário da pecuária nacional. Numa dinâmica diferenciada de mesa redonda, todos tiveram espaço para explanar sobre suas atividades, o contexto atual e os caminhos para a pecuária.


Participaram dos painéis, Ana Doralina Alves Menezes, gerente nacional do Programa Carne Angus Certificada; Clélia Pacheco, diretora técnica da Associação Brasileira de Criadores de Bonsmara; Fábio Padovani, diretor financeiro da Cooperativa Padrão Beef; Fábio Almeida, Gestor do Nelore do Golias; Ladislau Lancsarics Junior, presidente da Associação Brasileira de Criadores de Brangus; Liliane Suguisawa, diretora da DGT Brasil; Marco Gambale; diretor da Suporte G; Roberto Andrade Grecellé, executivo da Associação Brasileira de Brangus; e Shiro Nishimura, presidente da Associação Confraria da Carcaça Nelore.


Um dos principais destaques do evento foi a junção de projetos de diferentes raças para uma discussão mais ampla sobre a cadeia pecuária, onde todos os projetos têm sua representatividade, segundo o presidente do GPB, Oswaldo Furlan. “O GPB nasceu da necessidade de união da classe pecuária e o fortalecimento da cadeia produtiva. Momentos como este nos leva a certeza de estamos no caminho certo e cumprindo nossa missão”, destacou.


Ana Doralina ressaltou a necessidade de avançar na comunicação, na união de esforços comuns e nas tecnologias e ferramentas de seleção para a produção de carnes especiais para o mercado mundial. “O evento na Fazenda do Engenho mostrou que é possível caminhar todos juntos na missão de fortalecer e qualificar a carne brasileira”, disse.


“A união dos diversos entes da cadeia pecuária aqui representados, trouxe uma discussão muito lúcida e realista das nossas opções para levar a pecuária brasileira para a prateleira de cima do mercado mundial. E isso, sem dúvida nenhuma passa pela carne de qualidade. Mas o mais importante que aconteceu aqui hoje, foi o entendimento de que todos são caminhos viáveis e que juntos, nós podemos ir mais longe”, afirmou Shiro Nishimura.


Ladislau Lancsarics disse estar lisonjeado pela oportunidade de participar de um evento tão diverso e produtivo para a cadeia pecuária, num momento em que o setor precisa planejar seu crescimento com a integração dos projetos, com foco no fortalecimento da pecuária como um todo.


Contexto


Roberto Grecellé trouxe informações e reflexões importantes para o contexto da pecuária nacional. “O grande ganho de um evento como este é reunir produtores, técnicos, especialistas, pesquisadores e pessoas que comunicam o agronegócio e que trabalham no dia a dia da pecuária. Essa diversidade é muito rica porque a pecuária de corte necessita seguir evoluindo. Hoje, o que a pecuária tem feito vai além da evolução, é uma mudança de rota que começou há 40 anos atrás, com destino ao futuro”, disse.


O executivo lembrou que o que a pecuária vive hoje não começou agora. “hoje vivemos a materialização, a profissionalização onde cada vez mais produtores entendem seu papel na produção responsável de carne e lança mão de conhecimento e tecnologia para fazer o que precisa ser feito”, afirmou.


Em sua avaliação, a raça Brangus, assim como o Angus, o Bonsmara e o Nelore, somaram suas vozes para debater os principais temas que estão hoje na pauta da pecuária de corte como qualidade de carne, bem-estar animal, relações de trabalho no campo, visão de mercado. “Toda a discussão foi tecnicamente embasada, com olhar para o negócio, tratando a pecuária como uma atividade onde os protagonistas são movidos pela paixão, mas também pela profissionalização da atividade comercial que precisa deixar resultado no bolso do pecuarista”, avaliou.


Em sua visão de executivo com atuação no mercado de carne, o ambiente do evento contribuiu para elevar o nível da discussão.


“Há quinze anos estaríamos discutindo questões sanitárias ou pastagens pensando em produção. Hoje, esses temas ganham a relevância do produtor entender que mais do que produzir boi ele produz carne e precisa também entender de maciez, de área de olho de lombo, de capacidade de atender a demanda por qualidade. Hoje podemos discutir qual é a responsabilidade do pecuarista na base produtiva para que o momento de consumir a carne seja completo e satisfatório. Foi muito produtivo poder abordar esses temas de forma técnica e, ao mesmo, acessível ao público presente”, destacou.


Érika comentou que encerrou o evento com a sensação do dever cumprido. “Foi um momento ímpar, com uma discussão madura e coerente sobre os caminhos possíveis para o nosso negócio. Agradeço a todos os participantes, apoiadores e patrocinadores. Esse evento nos deu motivação para seguir adiante”, finalizou.


O evento contou com o apoio do Sindicato Rural de Pirajuí e da Prefeitura Municipal. Após as apresentações, o grupo pôde saborear um delicioso churrasco de carne Angus e Brangus Certificada.


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